A tecnologia da informação chegou a vida das pessoas com muita rapidez, principalmente nos últimos anos, tornando-se fundamental para as tarefas do cotidiano. Infelizmente o sistema educacional não acompanhou essa evolução. A opinião é da especialista em Tecnologia de Gestão em Recursos Humanos , Gisele Vitório.
ANOS 50
No começo dos anos 50, as crianças se sentavam em duplas, em carteiras onde haviam tinteiros e aprendiam em cartilhas com rimas e desenhos. Os alunos prestavam a máxima atenção às aulas e, em geral, eram extremamente educados. O pai e a mãe dos alunos talvez não conhecessem os temas abordados em sala de aula, mas passavam aos seus filhos valores que receberam de seus pais e que acreditavam serem universais. O professor era a pessoa que infundia maior respeito aos alunos, depois dos pais, e seu papel era reconhecido na sociedade.
DITADURA
Os tempos passaram; no Brasil, vivemos 21 anos sob ditadura, sofremos com a hiperinflação e o desemprego, enquanto que, lá fora, o mundo experimentava a guerra fria, o colapso das tiranias e a revolução tecnológica. E a educação? Para Gisele, infelizmente não avançamos muito nesse quesito. Os alunos que sentavam em carteiras duplas passaram a sentar sozinhos e os tinteiros foram substituídos por canetas esferográficas.
PAIS E MÃES
Com relação aos outros pontos, os pais e as mães, que antes trabalhavam para o sustento de seus 10 filhos, agora precisam trabalhar ainda mais para sustentar apenas 1 ou 2. Os valores, antes transmitidos em casa, foram terceirizados para a televisão, a internet e os videogames.
"Influenciados por tantos veículos, os alunos são mais informados e espertos. Mas, como ainda estão sentados nas velhas carteiras, sentem seu tempo perdido escrevendo com canetas esferográficas" visualizou a especialista.
MÉTODO
Segundo ela, atualmente, com o método construtivista, o processo educacional não é baseado apenas em aulas expositivas, repetição e "decoreba", pois a aprendizagem não é vista como um processo passivo. Gisele afirma que é preciso buscar meios de despertar o interesse dos alunos e dar a eles um papel mais ativo.
Para isso, a especialista aposta na interação com o meio disponível, unindo aprendizado, tecnologia, jogos e educação. "É o que a Aprendizagem Sistêmica faz. Este novo modelo de ensino une realidade à tecnologia, inovação ao aprendizado, respeito à procedimentos de ensino, que visam não somente a qualidade do aprendizado, mas também habilidades socioemocionais capazes de transformar o núcleo escola, a comunidade e toda a sociedade que se envolvem no programa", revelou.
DIVERSÃO
Conforme Gisele, com a Aprendizagem Sistêmica é possível resgatar a vontade dos alunos aprenderem, pois o aprender não é uma obrigação, mas uma diversão. "E o método revela ainda o prazer de aprender em grupos, com interação total entre os alunos, na qual todos são responsáveis pelo aprendizado de todos. Não há o aluno desmotivado, pois o programa envolve todos de maneira igual. Também não existe o aluno com baixo interesse, pois ele aprende de maneira lúdica, com direcionamento e com alegria", explicou.
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