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Mostrando postagens de julho, 2010

Depoimento de Esposa de Disléxico

Meu nome é Érica, sou professora de espanhol, médica e esposa de um disléxico há 8 anos. Há muito tempo venho pensando em escrever minhas impressões pessoais e profissionais a respeito da dislexia e do aprendizado (que inclusive foi o tema da minha monografia de fim de curso na graduação em Medicina). E acredito que agora seja um bom momento para isso, devido ao fato de que meu marido ingressou no grupo virtual "Amigos da Dislexia". Percebi que diversas questões são levantadas por pais e por pessoas que convivem com os disléxicos neste grupo, inclusive em relação ao uso de medicamentos, na tentativa de ajudar os disléxicos a se curarem ou pelo menos a melhorarem sua performance acadêmica. Bom, é aí que começa meu depoimento... Quando estamos emocionalmente envolvidos com pessoas que apresentam algum tipo de padrão fora do "normal", tendemos a ficar angustiados e apreensivos por aqueles que amamos. Tanto faz ser um padrão físico, emocional, comportamental, social ou

TDAH x CO-MORBIDADES

Segundo o Professor Dr Fábio Barbirato, chefe do serviço de psiquiatra infanto-juvenil, da Santa Casa da Misericórdia do Rio de Janeiro, as Co-morbidades em T.D.A.H. são regras e não exceções, pois 51 % dos pacientes infanto-juvenis, portadores de T.D.A.H., ao chegarem ao consultório, apresentam pelo menos mais um diagnóstico psiquiátrico. Esta afirmação é verificada também com os dados de pesquisa do Dr Biederman, que além de confirmarem este fato, mostra que em adultos a situação é mais grave, pois as co-morbidades chegam a 77 % dos pacientes que são portadores de T.D.A.H. Queremos que entendam, que co-morbidades são outra ou outras patologias que incidem sobre o mesmo paciente, simultaneamente. Pode ser desenvolvida a partir do transtorno básica, o T.D.A.H., ou desenvolvida paralelamente a este, podendo o paciente ter uma, duas ou mais co-morbidades, com graus variados de intensidade. As co-morbidades mais freqüentes em pacientes portadores de T.D.A.H., são: Transtorno da Ans

COMO ENTENDER OS 'DIS'

Como entender os DIS? Dislexia, Disortografia, Disgrafia, Discalculia...Para cada hipótese, temos um entendimento neurológico e evolutivo de cada expressão e seu respectivo significado: 1) Dislexia: É a incapacidade de processar o conceito de codificar e decodificar a unidade sonora em unidades gráficas, (forma de grafemas) com capacidade cognitiva preservada (nível de inteligência normal). Os disléxicos têm capacidade para aprender todas as funções sociais e até altas habilidades, desde que, bem diagnosticado, seja trabalhado em suas áreas corticais favoráveis e com estratégias e intervenções adequadas. Essa intervenções devem valorizar suas funções viso-motoras, imagens com significado e significante associados a ritmo e memória visual auxiliando sua memória auditiva, para que desenvolva a capacidade por outras rotas (sabido que sua rota fonológica é prejudicada). 2) Disortografia: Definimos como disortografia, os erros na transformação do som no símbolo gráfico que lhe correspond

Matemática e Dislexia

Muitas crianças disléxicas têm dificuldade em serem rápidas e fluentes em executar cálculos tão simples como as operações de soma, subtração, multiplicação e divisão, dificuldades essas que também se refletirão na aprendizagem da tabuada. Não obstante estes entraves, estas crianças poderão adquirir boas competências em Matemática. Estas dificuldades com a Matemática surgem porque não há áreas do cérebro específicas para a leitura. As áreas usadas para a linguagem escrita são usadas também para outros símbolos, incluindo números, gráficos, etc. Portanto, se houver um problema nessas áreas do cérebro, será afetado o processamento eficiente de qualquer símbolo, linguagem e Matemática incluídos. O fato é que tanto a linguagem escrita como a Matemática são representadas por símbolos. Por exemplo: o número três (3), transmite o conceito de três unidades que podem ser representadas por três elementos ou, simplesmente ter a qualidade "três". Ao considerarmos esses conceitos, não é de