Diagnóstico geralmente é feito por equipe multidisciplinar.
Exame ocular tradicional não detecta o problema.
Um tratamento ainda novo no Brasil promete ser a esperança de uma vida melhor para pessoas portadoras de dislexia visual, problema que atinge um em cada oito brasileiros e que acarreta uma série de dificuldades relacionadas à manutenção da atenção, compreensão, memorização e à atividade ocular durante a leitura, além de déficit de aprendizado.
Trata-se do método desenvolvido pela especialista norte-americana Helen Irlen, que usa filtros oculares seletivos para o tratamento da disfunção.
A técnica foi trazida para o Brasil por Márcia Guimarães, diretora do Hospital de Olhos, um dos 34 centros no mundo autorizados a usar o Irlen Method. “A médica é uma referência quando o tema é dislexia visual. Antes da criação do seu método, os oftalmologistas não tinham parâmetro para o tratamento do problema”.
Segundo a especialista brasileira, pessoas com dislexia visual normalmente apresentam intolerância à luz. Esse incômodo faz com que o processamento cerebral das informações, que chegam pela visão, se apresentem de modo distorcido, o que cria desconforto, dores de cabeça, irritabilidade, frustração, insônia, distração, falta de visão em profundidade e de habilidade para detectar a distância correta entre um objeto e outro.
Crianças também enfrentam dificuldade em copiar e transcrever palavras do quadro para o caderno, do livro para uma folha de respostas etc.
As distorções de visão causam uma sensação de que, embora o centro de visão esteja em foco ( e é por isso que o exame oftalmológico rotineiro não costuma detectar casos de dislexia visual) ao redor tudo se move ou fica desfocado.
O esforço é demasiado quando o cérebro tem que bloquear essas sensações e, ainda, ler para compreender.
O resultado é um cansaço que tende a aumentar mais e mais à medida que a leitura se prolonga. “É realmente desconfortável e muitas pessoas simplesmente desistem.
Muitas até abandonam os estudos.”Para resolver o problema das distorções e do desconforto à luz, o método Irlen detecta quais comprimentos específicos da luz visível devem ser bloqueados ou neutralizados.
Pessoas com dislexia visual passam por uma triagem inicial entre uma dezena de cores, com o objetivo de facilitar o desempenho e conforto visuais durante a leitura.
O portador da síndrome usa os óculos com os filtros selecionados sempre que for ler.
Márcia garante que os efeitos são imediatos e progressivos.Nos casos em que o desconforto visual atinge a visualização à distância, transcrição de material do quadro, atividades esportivas, direção de veículos etc., são adaptados filtros seletivos espectrofotocromáticos em combinações individualizadas com óculos de grau habituais, caso a pessoa seja míope, por exemplo.
Segundo Helen Irlen, o trabalho de seleção é cuidadoso devido a especificidades individuais e nunca demora menos que três horas, já que cada um dos sintomas é avaliado com alterações nas condições ambientais (luzes artificiais, condições diurnas e noturnas etc.) para que possam ser neutralizados por múltiplas combinações possíveis entre as dezenas de filtros disponíveis.
As lentes ou filtros espectrofotocromáticos têm gradações sutis que, aos olhos do próprio examinador, parecem iguais. Entretanto, para o portador da síndrome, produzem reações de adaptação completamente distintas.
Em alguns casos, são requeridos filtros densos de cores bem definidas. Em outros as tonalidades são extremamente leves.
O mais importante é o conforto e a qualidade visual que proporcionam aos portadores.
Vanessa Jacinto
Fonte: Saúde Plena
Exame ocular tradicional não detecta o problema.
Um tratamento ainda novo no Brasil promete ser a esperança de uma vida melhor para pessoas portadoras de dislexia visual, problema que atinge um em cada oito brasileiros e que acarreta uma série de dificuldades relacionadas à manutenção da atenção, compreensão, memorização e à atividade ocular durante a leitura, além de déficit de aprendizado.
Trata-se do método desenvolvido pela especialista norte-americana Helen Irlen, que usa filtros oculares seletivos para o tratamento da disfunção.
A técnica foi trazida para o Brasil por Márcia Guimarães, diretora do Hospital de Olhos, um dos 34 centros no mundo autorizados a usar o Irlen Method. “A médica é uma referência quando o tema é dislexia visual. Antes da criação do seu método, os oftalmologistas não tinham parâmetro para o tratamento do problema”.
Segundo a especialista brasileira, pessoas com dislexia visual normalmente apresentam intolerância à luz. Esse incômodo faz com que o processamento cerebral das informações, que chegam pela visão, se apresentem de modo distorcido, o que cria desconforto, dores de cabeça, irritabilidade, frustração, insônia, distração, falta de visão em profundidade e de habilidade para detectar a distância correta entre um objeto e outro.
Crianças também enfrentam dificuldade em copiar e transcrever palavras do quadro para o caderno, do livro para uma folha de respostas etc.
As distorções de visão causam uma sensação de que, embora o centro de visão esteja em foco ( e é por isso que o exame oftalmológico rotineiro não costuma detectar casos de dislexia visual) ao redor tudo se move ou fica desfocado.
O esforço é demasiado quando o cérebro tem que bloquear essas sensações e, ainda, ler para compreender.
O resultado é um cansaço que tende a aumentar mais e mais à medida que a leitura se prolonga. “É realmente desconfortável e muitas pessoas simplesmente desistem.
Muitas até abandonam os estudos.”Para resolver o problema das distorções e do desconforto à luz, o método Irlen detecta quais comprimentos específicos da luz visível devem ser bloqueados ou neutralizados.
Pessoas com dislexia visual passam por uma triagem inicial entre uma dezena de cores, com o objetivo de facilitar o desempenho e conforto visuais durante a leitura.
O portador da síndrome usa os óculos com os filtros selecionados sempre que for ler.
Márcia garante que os efeitos são imediatos e progressivos.Nos casos em que o desconforto visual atinge a visualização à distância, transcrição de material do quadro, atividades esportivas, direção de veículos etc., são adaptados filtros seletivos espectrofotocromáticos em combinações individualizadas com óculos de grau habituais, caso a pessoa seja míope, por exemplo.
Segundo Helen Irlen, o trabalho de seleção é cuidadoso devido a especificidades individuais e nunca demora menos que três horas, já que cada um dos sintomas é avaliado com alterações nas condições ambientais (luzes artificiais, condições diurnas e noturnas etc.) para que possam ser neutralizados por múltiplas combinações possíveis entre as dezenas de filtros disponíveis.
As lentes ou filtros espectrofotocromáticos têm gradações sutis que, aos olhos do próprio examinador, parecem iguais. Entretanto, para o portador da síndrome, produzem reações de adaptação completamente distintas.
Em alguns casos, são requeridos filtros densos de cores bem definidas. Em outros as tonalidades são extremamente leves.
O mais importante é o conforto e a qualidade visual que proporcionam aos portadores.
Vanessa Jacinto
Fonte: Saúde Plena
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