Definida como um distúrbio ou transtorno de aprendizagem na área da leitura, escrita e soletração, a dislexia é genética e hereditária e atinge cerca de 5% a 17% da população mundial. De acordo com a Associação Internacional de Dislexia, o distúrbio “é uma das várias distintas inabilidades de aprendizagem. É uma desordem específica da linguagem, de origem constitucional e caracterizada por dificuldades na decodificação de palavras isoladas”.
Para a professora titular do Departamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Ângela Maria Vieira Pinheiro, são consideradas disléxicas as crianças com extrema dificuldade na aprendizagem da leitura e da escrita, embora apresentem pelo menos inteligência média e ausência de problemas gerais de aprendizagem. Além disso, suas dificuldades de leitura não devem estar associadas a fatores tais como deficiências sensoriais não tratadas, desvantagem socioeconômica, problemas emocionais, oportunidades educacionais inadequadas ou faltas freqüentes à escola.
Psicóloga, com doutorado em psicologia cognitiva pela Universidade de Dundee, na Escócia e pós-doutorado pela Universidade de Educação de Ludwigsburg, na Alemanha, Ângela Pinheiro tem experiência na área de Processos Cognitivos Básicos. Sua atuação se dá, principalmente, na área da linguagem escrita: reconhecimento de palavras, desenvolvimento da leitura e da escrita, construção de medidas de reconhecimento de palavras e dislexia do desenvolvimento.
Ela explica que a dislexia é um profundo déficit fonológico que se manifesta – mas não exclusivamente – na leitura e na escrita, e pode existir até mesmo em culturas não letradas. Segundo a psicóloga, a descoberta mais consistente, tanto na pesquisa psicológica como na neurociência, é que o principal problema de leitura dos disléxicos é um vagaroso e impreciso reconhecimento de palavras. “Nessa área, a dificuldade reside no processo de decodificação fonológica: a transformação de letras e de seus padrões em um código fonológico. Esse código é que permite o acesso à pronúncia da palavra e também ao seu significado,” argumenta.
Ângela Pinheiro adianta que a dislexia não compromete a inteligência e uma vez tratado, o disléxico pode vir a se destacar inclusive na carreira acadêmica. O tratamento é feito por meio de intervenções explícitas e intensivas em leitura, que diferem de acordo com o tipo de dislexia. Ela diz que, devido ao distanciamento entre o meio acadêmico e as escolas, é de se esperar que as professoras, por desconhecerem os avanços da ciência da leitura, não estejam preparadas para a inclusão de alunos disléxicos. A questão, destaca, é até que ponto deve ser possível fazer intervenções de alta qualidade para todas as crianças que precisam de assistência.
Transformar em prática todo o conhecimento adquirido seria um desafio para os pesquisadores, acredita a psicóloga. De acordo com ela, é necessário dispor de condições de financiamento para o treinamento de professores de forma a garantir que todas as crianças recebam o tipo de instrução em leitura que as transformarão em bons leitores.
Matéria extraida do http://portaldoprofessor.mec.gov.br
Para a professora titular do Departamento de Psicologia da Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas da Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG), Ângela Maria Vieira Pinheiro, são consideradas disléxicas as crianças com extrema dificuldade na aprendizagem da leitura e da escrita, embora apresentem pelo menos inteligência média e ausência de problemas gerais de aprendizagem. Além disso, suas dificuldades de leitura não devem estar associadas a fatores tais como deficiências sensoriais não tratadas, desvantagem socioeconômica, problemas emocionais, oportunidades educacionais inadequadas ou faltas freqüentes à escola.
Psicóloga, com doutorado em psicologia cognitiva pela Universidade de Dundee, na Escócia e pós-doutorado pela Universidade de Educação de Ludwigsburg, na Alemanha, Ângela Pinheiro tem experiência na área de Processos Cognitivos Básicos. Sua atuação se dá, principalmente, na área da linguagem escrita: reconhecimento de palavras, desenvolvimento da leitura e da escrita, construção de medidas de reconhecimento de palavras e dislexia do desenvolvimento.
Ela explica que a dislexia é um profundo déficit fonológico que se manifesta – mas não exclusivamente – na leitura e na escrita, e pode existir até mesmo em culturas não letradas. Segundo a psicóloga, a descoberta mais consistente, tanto na pesquisa psicológica como na neurociência, é que o principal problema de leitura dos disléxicos é um vagaroso e impreciso reconhecimento de palavras. “Nessa área, a dificuldade reside no processo de decodificação fonológica: a transformação de letras e de seus padrões em um código fonológico. Esse código é que permite o acesso à pronúncia da palavra e também ao seu significado,” argumenta.
Ângela Pinheiro adianta que a dislexia não compromete a inteligência e uma vez tratado, o disléxico pode vir a se destacar inclusive na carreira acadêmica. O tratamento é feito por meio de intervenções explícitas e intensivas em leitura, que diferem de acordo com o tipo de dislexia. Ela diz que, devido ao distanciamento entre o meio acadêmico e as escolas, é de se esperar que as professoras, por desconhecerem os avanços da ciência da leitura, não estejam preparadas para a inclusão de alunos disléxicos. A questão, destaca, é até que ponto deve ser possível fazer intervenções de alta qualidade para todas as crianças que precisam de assistência.
Transformar em prática todo o conhecimento adquirido seria um desafio para os pesquisadores, acredita a psicóloga. De acordo com ela, é necessário dispor de condições de financiamento para o treinamento de professores de forma a garantir que todas as crianças recebam o tipo de instrução em leitura que as transformarão em bons leitores.
Matéria extraida do http://portaldoprofessor.mec.gov.br
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