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TDAH ou DDA - DEFINIÇÃO

Distraído, enrolado, esquecido, desorganizado, impulsivo, agitado, inquieto...

Estes são alguns dos adjetivos mais comuns usados para descrever o comportamento de pessoas que injustamente tida como preguiçosas, irresponsáveis e rebeldes, na verdade possuem um funcionamento mental diferente. São os portadores do Distúrbio de Déficit de Atenção, o DDA também conhecido como TDAH e ADD.

DEFINIÇÂO:

De acordo com os psiquiatras Edward Hallo e John Raley, o DDA é :

"Uma síndrome neurológica caracterizada por certa facilidade para distração, baixa tolerância a frustação e ao aborrecimento, uma tendência maior do que a média das pessoas a dizer ou fazer o que quer que vem a mente (impulsividade) e uma predileção por situações de grande intensidade".

Em tempo: O diagnóstico de DDA não se baseia na simples presença dos sintomas, mas em sua gravidade, duração e no nível de interferência na vida coridiana.

O Transtorno de Déficit de Atenção afeta de 3 a 5% das crianças. Este dado já foi confirmado em vários países e também no Brasil.

As crianças com TDAH, em especial os meninos, são agitadas ou inquietas. Frequentemente têm apelido de "bicho carpinteiro" ou coisa parecida. Na idade pré-escolar, estas crianças mostram-se agitadas, movendo-se sem parar pelo ambiente, mexendo em vários objetos como se estivessem
"ligadas" por um motor. Mexem pés e mãos, não param quietas na cadeira, falam muito e constantemente pedem para sair da sala ou da mesa de jantar.

Elas tem dificuldades para manter atenção em atividades muito longas, repetitivas ou que não lhes sejam interessantes. Elas são facilmente distraidas por estimulos do ambiente externo, mas também se distraem com pensamentos "internos", isto é, vivem "voando". Nas provas, são visíveis os erros por distração (erram sinais, vírgulas, acentos, etc). Como a atenção é imprescindível para o bom funcionamento da memória, elas em geral são tidas como "esquecidas": esquecem recados ou material escolar, aquilo que estudaram na véspera da prova, etc. (O "esquecimento" é uma das principais queixas dos pais).

Elas também tendem a ser impulsivas (não esperam a vez, não lêem a pergunta até o final e já respondem, interrompem os outros, agem sem pensar). Frequentemente também apresentam dificuldades em se organizar e planejarem aquilo que querem ou precisam fazer.

Embora possam ser inteligentes e criativas, seu desempenho sempre parece inferior ao esperado para a sua capacidade intelectual. O TDAH não se associa necessariamente a dificuldades na vida escolar, embora esta seja uma queixa frequente dos pais e professores. É mais comum que os problemas na escola sejam de comportamento que de rendimento (notas).

Quando elas se dedicam a fazer algo estimulante ou do seu interesse, conseguem permanecer bem mais tranquilas. Isto ocorre porque os centros de prazer no cérebro são ativados e conseguem dar um "reforço" no centro da atenção que é ligado a ele, passando a funcionar em níveis normais. O fato de uma criança conseguir ficar concentrada em alguma atividade, não exclui o diagnóstico de TDAH. É claro que não fazemos coisas interessantes ou estimulantes desde a hora que acordamos até a hora em que vamos dormir: Os portadores de TDAH vão ter muitas dificuldades em manter a atenção em um monte de coisas.

Um aspecto importante: as meninas tem menos sintomas de hiperatividade-impulsividade que os meninos (embora sejam igualmente desatentas), o que fez com que se acreditasse que o TDAH só ocorresse no sexo masculino. Como as meninas não incomodam tanto, eram menos encaminhadas para diagnóstico e tratamento médicos.

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