Com um único livro lançado no país, "O Dom da Dislexia" (Rocco), o engenheiro americano Ronald D. Davis conseguiu ganhar a desconfiança de boa parte dos especialistas brasileiros. Nele, o autista e disléxico Davis, hoje com 61 anos, defende que o transtorno pode ser um dom e apresenta um programa de exercícios que pretende controlar seus efeitos. Um dos métodos que criou consiste em ensinar o disléxico a fazer uma lista de "palavras-gatilho" --aquelas que causam confusão em sua mente. "São aquelas que eu não podia traduzir em imagens mentais e, portanto, não conseguia pensar com elas", explica. Em seguida, a pessoa é incentivada a criar, com argila, uma imagem que traduza o significado dessa palavra. "Assim, a pessoa adquire a capacidade de pensar com ela. Um disléxico costuma enxergar as letras tridimensionalmente, como se estivessem flutuando no espaço", diz. A eficácia de seu tratamento é discutível, segundo alguns especialistas. "O métod...