ENTENDENDO A DISCALCULIA - Aline B. Simoni Belleboni
Muitas crianças tendem a não gostar das aulas de matemática, pois acham difícil, chatas e pouco estimulantes. Mas, não é por este motivo isolado que classificaremos essas crianças tendo Transtorno de Matemática. Os pais e professores devem ficar atentos para detalhes que servem para diagnosticarmos este transtorno.
A característica essencial do transtorno da matemática consiste em uma capacidade para a realização de operações aritméticas. Este transtorno interfere significativamente no rendimento escolar ou em atividades da vida diária que exigem habilidades matemáticas.
Não se pode deixar de mencionar que o transtorno de matemática, conhecido como discalculia, é em geral encontrado em combinações com o transtorno de leitura ou com o de escrita.
A discalculia está, sobretudo, relacionada às crianças, é evolutiva e não é lesional (Nicasio Garcia, 1998). Este transtorno não é causado por deficiência mental, por déficits visuais ou auditivos, nem por má escolarização.
As crianças não conseguem compreender as relações de quantidade, ordem, espaço, distância e tamanho.
Algumas crianças não compreendem os problemas que a professora passa no quadro e também não sabem o que é para fazer: somar, diminuir, multiplicar, dividir.
É importante salientar que as crianças não sentem preguiça nas aulas como pensam pais e professores. Eles realmente não entendem o que está sendo proposto.
De acordo com os autores Johnson e Myklebust (1987), as seguintes dificuldades podem ser encontradas em crianças com transtorno de matemática:
- executar operações matemáticas;
- ler mapas e gráficos;
- compreender o significado de sinais de operações (+, -, x, :)
- sequenciar números (antecessor e sucessor);
- compreender o princípio de conservação de quantidade;
- compreender os princípios de medida;
- classificar números;
É muito importante para esses alunos contarem com a ajuda do professor. Professores preocupados com a aprendizagem da sua turma podem ser fundamentais para a aprendizagem ocorrer de forma mais tranqüila e com maior entendimento por parte dos alunos:
- propor jogos na sala de aula;
- Mostrar-se solidário para com o aluno;
- respeitar o tempo do aluno. Por ser difícil de entender o enunciado, ele poderá demorar um pouco mais do que os colegas para a execução de uma atividade;
- Nos exercícios que envolvem problemas matemáticos é importante usar situações concretas, de fácil entendimento para o aluno.
Saliento que os professores devem ter paciência, não cobrar do aluno aquilo que ele não tem condições de realizar, e nem corrigi-lo na frente do restante da turma, para não intimidá-lo.Quando o professor suspeitar de Discalculia na sua turma, deve encaminhar esses alunos para avaliação. O fonoaudiólogo e o psicopedagogo poderão ajudar as crianças que estão com problemas na aprendizagem da matemática.
Referências Bibliográficas
GARCIA, J.N. Manual de Dificuldades de Aprendizagem. Porto Alegre, Artmed, 1998.
JOHNSON, D.J e MYKLEBUST, H.M. Distúrbios de aprendizagem: princípios e práticas educacionais. Tradução Marília Zanella Sanvincente. 2ª Ed. São Paulo: Pioneira, 1987.
Publicado em 27/09/2005 16:49:00
Muitas crianças tendem a não gostar das aulas de matemática, pois acham difícil, chatas e pouco estimulantes. Mas, não é por este motivo isolado que classificaremos essas crianças tendo Transtorno de Matemática. Os pais e professores devem ficar atentos para detalhes que servem para diagnosticarmos este transtorno.
A característica essencial do transtorno da matemática consiste em uma capacidade para a realização de operações aritméticas. Este transtorno interfere significativamente no rendimento escolar ou em atividades da vida diária que exigem habilidades matemáticas.
Não se pode deixar de mencionar que o transtorno de matemática, conhecido como discalculia, é em geral encontrado em combinações com o transtorno de leitura ou com o de escrita.
A discalculia está, sobretudo, relacionada às crianças, é evolutiva e não é lesional (Nicasio Garcia, 1998). Este transtorno não é causado por deficiência mental, por déficits visuais ou auditivos, nem por má escolarização.
As crianças não conseguem compreender as relações de quantidade, ordem, espaço, distância e tamanho.
Algumas crianças não compreendem os problemas que a professora passa no quadro e também não sabem o que é para fazer: somar, diminuir, multiplicar, dividir.
É importante salientar que as crianças não sentem preguiça nas aulas como pensam pais e professores. Eles realmente não entendem o que está sendo proposto.
De acordo com os autores Johnson e Myklebust (1987), as seguintes dificuldades podem ser encontradas em crianças com transtorno de matemática:
- executar operações matemáticas;
- ler mapas e gráficos;
- compreender o significado de sinais de operações (+, -, x, :)
- sequenciar números (antecessor e sucessor);
- compreender o princípio de conservação de quantidade;
- compreender os princípios de medida;
- classificar números;
É muito importante para esses alunos contarem com a ajuda do professor. Professores preocupados com a aprendizagem da sua turma podem ser fundamentais para a aprendizagem ocorrer de forma mais tranqüila e com maior entendimento por parte dos alunos:
- propor jogos na sala de aula;
- Mostrar-se solidário para com o aluno;
- respeitar o tempo do aluno. Por ser difícil de entender o enunciado, ele poderá demorar um pouco mais do que os colegas para a execução de uma atividade;
- Nos exercícios que envolvem problemas matemáticos é importante usar situações concretas, de fácil entendimento para o aluno.
Saliento que os professores devem ter paciência, não cobrar do aluno aquilo que ele não tem condições de realizar, e nem corrigi-lo na frente do restante da turma, para não intimidá-lo.Quando o professor suspeitar de Discalculia na sua turma, deve encaminhar esses alunos para avaliação. O fonoaudiólogo e o psicopedagogo poderão ajudar as crianças que estão com problemas na aprendizagem da matemática.
Referências Bibliográficas
GARCIA, J.N. Manual de Dificuldades de Aprendizagem. Porto Alegre, Artmed, 1998.
JOHNSON, D.J e MYKLEBUST, H.M. Distúrbios de aprendizagem: princípios e práticas educacionais. Tradução Marília Zanella Sanvincente. 2ª Ed. São Paulo: Pioneira, 1987.
Publicado em 27/09/2005 16:49:00
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